Indonésia, fuzilamento como marketing político
Joko Widodo, populismo desvairado
Joko Widodo, qualquer coisa para aparecer
Hitler? Mussolini? Getúlio? Não, é Joko Widodo
O que a Indonésia exporta
O que a Indonésia esconde
Em qualquer lugar do mundo a pena de morte é
inadmissível, intolerável, medieval. Corrupta até a medula, a Indonésia acha
que vai acabar com o tráfico de drogas fuzilando os traficantes, como bem
lembrou Zuenir Ventura em sua coluna no Globo.
Pensando bem, é mais fácil matar todo mundo do que parar
de roubar, extorquir, chantagear. A corrupção é o maior e mais incurável dos vícios. Em qualquer lugar, em qualquer época, em qualquer regime. A
Indonésia é isso: podridão em seu estado mais bruto. Roubalheira em todos os
níveis, todas as horas, todos os dias, que beneficia diretamente os grandes
chefões internacionais do narcotráfico que enfiam rios de
dinheiro nos bolsos.
De acordo com o jornal gaúcho Zero Hora “uma das heranças
do regime autoritário é a corrupção. Em um estudo da Transparência
Internacional divulgado no ano passado, 89% dos entrevistados disseram que o
parlamento da Indonésia é corrupto ou extremamente corrupto.”
O presidente Joko Widodo (53 anos) tomou posse
recentemente, no final de outubro de 2014. Fez a campanha eleitoral prometendo
moralizar o governo e acabar com o tráfico de drogas. Ele é o sexto presidente
do país e em três meses de governo ainda não veio à tona nenhum escândalo de
corrupção.
O que se sabe é que Widodo mandou lotar o corredor da
morte para fazer marketing internacional. Bilhões de pessoas em todo o planeta
(no Brasil, inclusive) aplaudem o fuzilamento como solução para a
criminalidade. Esquecem esses defensores das execuções, que onde há pena de
morte há mais juízes corruptos, promotores larápios, governantes venais. Pena
de morte, além de insana e desumana, sacia a gula implacável da corrupção.
Na Indonésia são quase 240 milhões de pessoas (a maioria
pobre) dopadas pelo fanatismo religioso e também pelas drogas pesadas
que são usadas a qualquer hora do dia e da noite nas quase 18 mil ilhas que
formam o país. O voto é direto e a lei é a da propina.
Antes da cruzada politiqueira de Joko Widodo, com 50
dólares trocados no bolso ninguém ia preso por lá. Pagando 10 dólares de
suborno fumava-se haxixe em frente a qualquer policial. Por isso, uma horda de
vagabundos de todo o mundo levava a vida numa boa traficando drogas no país e
de fora do país.
Widodo está em êxtase, popularidade em alta, jaulas cheias. Por isso o brasileiro Marco Archer Moreira foi fuzilado e o outro está a caminho do paredão. Não adianta a diplomacia brasileira se esforçar, implorar. O fuzilamento de traficantes (de preferência estrangeiros) é uma das logomarcas de Joko Widodo, político moralista, estilo que muito lembra aquele hediondo caçador de marajás brasileiro.
Widodo está em êxtase, popularidade em alta, jaulas cheias. Por isso o brasileiro Marco Archer Moreira foi fuzilado e o outro está a caminho do paredão. Não adianta a diplomacia brasileira se esforçar, implorar. O fuzilamento de traficantes (de preferência estrangeiros) é uma das logomarcas de Joko Widodo, político moralista, estilo que muito lembra aquele hediondo caçador de marajás brasileiro.
Fuzila-se para “vender austeridade” ao público externo,
naquele bizarro mercado onde policial se vende, juiz se vende, advogado se
vende, jornalista, militar e, principalmente, carcereiros e diretores de
presídios dão a cara a tapa em troca de míseras notinhas. Estão entre os que
mais faturam.
O niteroiense Rogério Paez, que foi preso lá em 2003
(ficou preso até 2011) carregando apenas três gramas de haxixe, disse a Juliana
Dal Piva, do jornal O Dia, que gastou mais de 100 mil dólares com advogados e
com a extorsão.
Trechos da entrevista:
“Em
Bali, o pessoal ia fazer visita e cobravam 20 miligramas disso, 30 daquilo.
Nesse de segurança máxima (Nusa Kambangan), os chefões davam 50 ou 100
miligramas para o guarda levar para dentro. Dava metade para o cara vender lá
dentro e o resto para quem quisesse usar. Mas em Bali, era atacadista, vendia
heroína, ecstasy, metanfetamina.”
“O
bloco (dos presos) era em um andar só, em formato de octágono. Vinha um
guardinha da prisão como se estivesse vendendo sorvete ou biscoito. Ele dizia:
‘tem arak (bebida) e tem putaw (heroína). Quer putaw?’ Tirava a bota e pegava
um canudinho assim com heroína. Arak é uma cachaça de terceira”.
“Se
você tivesse dinheiro, como vários lá tinham, pegava uma cela do tamanho de
metade dessa sala, com laptop, antena parabólica, cara para lavar o chão, fazer
comida e droga à vontade. Mais do que do lado de fora”.
Leia a íntegra da entrevista aqui: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-01-20/brasileiro-conta-como-era-a-vida-em-prisao-na-indonesia.html
Leia a íntegra da entrevista aqui: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-01-20/brasileiro-conta-como-era-a-vida-em-prisao-na-indonesia.html
Em sua coluna no Globo, nesta quarta-feira, Zuenir
Ventura lembrou que “há cinco décadas, em novembro de 1965, o general Suharto
deu um golpe de Estado e ordenou a eliminação de cerca de um milhão de pessoas
acusadas de serem comunistas. O chamado “Massacre de Jacarta” foi considerado
pela própria CIA, que ajudou a planejá-lo, como um dos piores do século XX – e isso
num século que teve nazismo e stalinismo em sua trajetória”.
Morte que segue, sob o dourado e dopado sol da Indonésia.
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