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Mostrando postagens de outubro, 2018

Saudade do amigo Alex

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              Alex Mariano, na sala de produção da Rádio Fluminense FM. Foto de Mauricio Valladares Dia 22 foi aniversário de um amigo muito querido e saudoso, Alex Mariano. Infelizmente não tenho uma agenda com essas datas importantes e soube do aniversário por uma grande amiga e minha grande dentista Elizabeth Marques, Marquinha, praticamente uma irmã dele. Marquinha e Ana, viúva do Alex, foram comemorar a data do aniversário e, se eu soubesse, claro, estaria lá. Não no lugar preferido dele, o “Velho Armazém”, em São Francisco, que fechou há uns anos. Ali nos encontrávamos rigorosamente de 15 em 15 dias, as 7 da noite. Batíamos papo, ríamos pra caramba e umas nove e pouco ia um para cada canto. Ele fez 65 anos e com certeza foi uma das figuras mais importantes de minha existência. Vivia uma fase brilhante, lembrou a Marquinha. Sim, confirmei, nunca, desde o início dos anos 1970, quando nos tornamos amigos, eu o vi tão feliz e realizado. ...

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A lama asfáltica envolvendo o meio fio exala um odor de chorume que virou aroma oficial das cidades medíocres. Atravessar o asfalto lamacento sem ser morto por ônibus, carro, van, moto, bicicleta, que desafiam o excesso de leis e a malemolência das autoridades, só pode ser milagre. Na calçada esburacada e estreita, pessoas cabisbaixas tentam caminhar e sobreviver sob marquises que parecem em péssimo estado, fiações elétricas que lembram pedaços de bombril nos lixões. Cada passo um suspiro. Cada passo uma lambança. Cada passo um milagre. Cada passo uma sobrevivência. O carteiro conversa animado com o guarda de trânsito apesar das cartas atrasadas e do trânsito engarrafado. Afinal está calor e o celular do guarda não para de tocar. São dois supostos agentes da cidadania que, curiosamente, desprezam os cidadãos. Vontade de dar uma pedrada em ambos, mas o calor não permite. Na esquina amontoada de pedestres congestionados, o dono do bar coloca mesinhas na calçada. Dane-se é ...

A última entrevista do mago Frank Zappa

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Do site Whiplash: “Essa entrevista foi realizada pela revista playboy em 1993, no ano em que  Frank Zappa  faleceu, vítima de câncer de próstata. Na entrevista, Zappa não se mostrou abatido pela doença e esclareceu questões sobre suas músicas e sobre sua carreira. O texto original está no link ao final. A entrevista foi dividida em partes para não ficar cansativa.” Playboy: Você disse uma vez que seu emprego é "extrapolar tudo para o mais extremo do absurdo". Isso ainda é verdade? Frank Zappa:  É um dos meus empregos. Eu acho que era o meu principal emprego naquele tempo. Mas sim. Eu gosto de levar as coisas para o mais extremo do ridículo porque é lá, no ridículo, que está o tipo de entretenimento que eu aprecio. Playboy: É frustrante as pessoas não entenderem isso? Frank Zappa:  o X da questão é: se isso te diverte, legal. Aproveite. Se não, que se foda, eu faço isso pra me divertir. Se eu gosto, eu gravo. Se mais alguém gostar, é u...

Pau de enchente

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Bruce era um pau de enchente, rolando pela vida, batendo numa margem e na outra, afundando e flutuando como um caule de eucalipto no leito de um rio caudaloso. PhD em filosofia achava que o homem era uma flecha arremessada no universo, sujeito a rotas, desvios, vitórias e fracassos, ao sabor do destino. Bruce não agendava nada. Não programava, não projetava, não arquitetava, apenas vivia. Como um pau de enchente. Seu nome fora inspirado em Bruce Wayne. O pai passou boa parte da adolescência assistindo Batman & Robin na TV e lia tudo sobre o homem morcego. Tinha álbuns, posters, figurinhas e até uma fantasia de Batman que adoraria usar todos os dias mas, diante do provável ridículo, vestia apenas no carnaval. Na época dizia que se tivesse um filho ele se chamaria Batman. Tornou-se um respeitado e famoso jurista e por isso batizou o filho de Bruce. Batman não seria de bom tom. Bruce era considerado um gênio, mas diante do espelho se achava um fiasco. Aos 20 e poucos anos ...

Voar, voar, voar...

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                                                   Navio tortyo, avião torto, quem é o bêbado? Viajar é maravilhoso. Alguém duvida? Conhecer o mundo pessoalmente, cultura, mares, praias, andar na rua à toa as 2 da manhã, é tudo delicioso. As melhores paixões são as que acontecem em viagens, é como se um raio atingisse o coração de ambos, que durante dias e dias, perambulando naquele agarramento, acham que se passaram anos. Mas...bom, não é por nada não; tem sempre um mas. Mas, quando chega o dia do retorno é bom deixar a paixão lá, sob o risco de duplo estranhamento. Quando pisa aqui ela diz que se apaixonou por um homem que não existe, ele diz coisa parecida. Forçam a barra, um quesito que homem é mais resistente, até chegar a quarta-feira de cinzas da viagem.  Sozinho, o sujeito levanta e faz a barba cantando “ela declarou recentemente que a me...

Eduardo Lamas lança seu terceiro livro, “Contos da Bola”

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                                                                            Embora a criatividade seja uma característica das mais valorizadas por torcedores e comentaristas esportivos, quando o futebol sai dos campos para as páginas de um livro, na maioria das vezes trata muito mais a bola com o pragmatismo dos fatos do que fazendo as jogadas lúdicas da ficção. Em tabelinha com a imaginação, até para misturá-la com episódios verídicos, alguns históricos para o futebol brasileiro e até mundial, o escritor e jornalista Eduardo Lamas escreveu os “Contos da Bola”, e-book que está sendo lançado pela Biblioteca Digital do Futebol Brasileiro, selo eletrônico da editora LivrosdeFutebol. A obra foi lançada originalmente pela Amazon©, para Kindle© (o consagrado e-reader da poderosa loja norte...

Começam as gravações do filme sobre a Rádio Fluminense FM, uma ficção baseada em meu livro

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                                                                                                                          Cópia fiel da faixa do segundo aniversário                                                                                                                                                     ...

Ficção

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A nova edição de meu primeiro romance vai muito bem, obrigado. Chama-se “5 e 15 – Rock Romance” e está sendo bem recebido desde o que lancei. O que é? Depois de uma longa, profunda e (por que não?) sofrida pesquisa, comecei a escrever "5 e 15 - Rock Romance". O livro é uma ficção, mas desde que comecei a pensar nele acreditei em Crimson, psiquiatra e cientista obcecado em descobrir uma substância capaz de livrar os seres humanos da dependência química de drogas pesadas. Em especial cocaína e heroína. Em minha pesquisa, entrevistei grandes psiquiatras, visitei clínicas e muitos fatos narrados no livro aconteceram. O caso do homem que transformou o corte de suas unhas sua linha do tempo, um outro que se achava um pássaro. Algumas situações afetivas também. Por que o carro, com marca e modelo? Porque tive um e foi nele que viajei para alguns lugares para caçar subsídios para o livro. Livro que é uma homenagem aos amigos, conhecidos e vários ídolos que as drogas...

Novo e explosivo álbum de Lobão, com releituras de clássicos dos 80, chega as lojas em CD, vinil e pendrive

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Fiquei de avisar os leitores, mas o corre não corre do dia não dia me fez abstrair. Mas, vamos lá. "Antologia politicamente incorreta dos anos 80 pelo rock” – inspirado pelo quase homônimo último livro do artista carioca, Guia politicamente incorreto dos anos 80 pelo rock chegou a todas as lojas em CD, vinil e pendrive. É o primeiro álbum não 100% autoral de Lobão, mas como (na minha opinião) ele sempre foi o número um do rock oitentista, noventista e daí em diante, fez a melhor versão de clássicos da época. Ouso (?) afirmar que é o melhor disco de rock brasileiro lançado nos últimos 40 anos. O anterior, “O rigor e a misericórdia (2016)”, álbum gravado de forma solitária pelo cantor, compositor e músico, nos trouxe a certeza de que, também como letrista, o grande Lobo se supera. "Antologia politicamente incorreta dos anos 80 pelo rock” foi gravada ao longo de meses em estúdio com a banda Os Eremitas da Montanha, formada pelo guitarrista Christian Dias, Armand...