Quero falar de A Incrível História de Adaline


Quero falar de um filme romântico, já que o artigo sobre o quase drama real no cinema Comodoro mexeu com muita gente. Recebi e-mails em profusão comentando e, aproveito a carona, para pedir a vocês que digam alguma coisa. Qualquer coisa sobre o que publico aqui. Prefiro até que seja ali embaixo, nos comentários, para sentir como vocês estão recebendo essas muito esforçadas linhas que caminham em mão dupla. Bumerangue blues.

Como quase todo mundo, adoro filmes românticos. Na verdade, adoro bons filmes,de gêneros variados, especialmente brasileiros, ação, guerra, terrorismo, comédia, filmes cerebrais,  românticos, muito românticos.

Com a sensação de que fui um dos últimos a ver (todo mundo me diz “vi três vezes”, “vi cinco vezes”, etc) nos últimos dias fiquei atracado com A Incrível História de Adaline que achei por acaso numa busca na Netflix. Assisto alguns filmes por partes, de acordo com o tempo disponível. Dirigido por Lee Toland Krieger, com música de Rob Simonsen, “Adaline...” é de 2015 e, para minha orgásmica alegria, foi o melhor no gênero romântico que vi este ano.

É uma ficção científica, gênero que não gosto (raríssimas exceções) e por pouco deixei de ver. Mas atraído pelo nome de Harrison Ford no elenco caí dentro. Que maravilha. A sinopse oficial explica:

“Adaline Bowman nasceu na virada do século 20 e levava uma vida normal até sofrer um grave acidente de carro. Desde então, ela milagrosamente parou de envelhecer e acabou se tornando um ser imortal com eterna aparência de 29 anos. Adaline vive uma existência solitária, nunca se permitindo criar laços com ninguém para não ter seu segredo revelado. Muitas surpresas a caminho”.

Tenho como hábito (e prazer) dormir bem tarde. Durmo pouco. Cedo já estou quase de pé. Na madrugada meu trabalho rende 5000% mais, sem telefone, interfone, whatsapp, o silêncio sagrado do chamado manto da noite (lindos os prédios apagados, dinossauros gigantes adormecidos). Foi nesse ambiente que assisti A Incrível História de Adaline em mais ou menos cinco prestações. Devagar, sorvendo cada estrela, cada lua, cada beijo, cada diálogo (o filme é muito, muito criativo) cada bomba existencial no meio daquele tempo que estanca para uma mulher, mas avança para o resto da humanidade.

Impossível não pensar em amor e imortalidade ou, mais ainda, na necessidade do amor em nossa mortalidade assistindo essa ficção simples mas extremamente bem produzida e dirigida. Mas acima de tudo é um filme romântico puro sangue, daquele que fazem bem, desintoxicam, arejam, nos empurram para dentro do set e da vida.

Confira.


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