Hoje John Lennon faria 77 anos
Trailer
Hoje, 9 de outubro de 2017, John Lennon faria 77 anos.
Não tenho ideia do que estaria fazendo. Será que alguém teria noção? Arrisco palpitar
que ele ainda estaria na música porque a música sempre esteve nele.
Para lembrar Lennon (creio que ninguém esquece. Ou poucos
esquecem dele) sugiro dois filmes que estão na Netflix. “O garoto de Liverpool”
foi dirigido por Sam Taylor-Wood e mostra a a vida do músico antes dos Beatles.
Aborda a sua infância conturbada na casa de sua possesiva
tia Mimi, até restabelecer o convívio com sua mãe Julia durante sua adolescência
rebelde (Julia lutou muito para resgatar o filho), e conhecer seu grande amigo
e parceiro de banda Paul McCartney e, também, George Harrison.
Foi a mãe que deu a ele o primeiro violão (chata pra
cacete, coitada, a tia Mimi não queria deixá-lo tocar) que ele aprendeu a tocar
com Paul e, assim, formaram The Quarrymen, banda de skiffle do colégio onde
estudavam.
Acho o filme excelente, sem apelações, sem fricotes, sem estardalhaço. Os atores são o grande destaque: Aaron Johnson (John Lennon), Thomas Sangster (Paul McCartney) e Kristin Scott Thomas (Tia Mimi).
Steve Tilston e a carta de Lennon
Outro que merece ser visto é "Não Olhe para
Trás". O cantor popular Steve Tilston é fanático por John Lennon. Em 1971,
no começo da carreira, ele deu uma entrevista e o repórter perguntou se caso
ele ficasse trilhardário o dinheiro mudaria a sua vida. Ele respondeu que sim.
John Lennon leu a entrevista e escreveu uma carta para o cantor e pediu para o
repórter entregar. Por várias razões, Steve Tilston só soube da carta 40 anos
depois, quando a leu.No filme "Não Olhe para Trás" (que está na Netflix) Tilston foi batizado de Danny Collins, magnificamente vivido por Al Pacino. A história é sobre o impacto da carta na vida do cantor, bilionário e só, 40 anos depois, cantando o que não queria cantar, escravo do sucesso formatado do mercado, vulgo esquemão, mainstream.
A carta de Lennon existiu, Danny Collins existe (Steve Tilston está com 66 anos) e a história inventada pelo diretor Dan Fogelman a partir dos fatos reais toca, sim. Especialmente porque acho (presumo, chuto) que a maioria das pessoas iria agir como ele a partir da descoberta do profundo toque que John Lennon dá.
Quando "No. 9 Dream" de Lennon começa a tocar senti uma erupção na garganta porque é uma dessas canções que me laça e atira num emaranhado de situações fortes, lúdicas, líricas, mas não atemporais. Mas o tema aqui é o filme, leve, profundo, musical, totalmente Lennon.
Filmaços.